sexta-feira, 2 de setembro de 2011

“O Capitão Nascimento não tem mais para onde ir”, diz Wagner Moura, capa da GQ de setembro, sobre o fim do personagem

O ator tem o maior orgulho do policial do Bope que criou para Tropa de Elite, mas está mergulhado agora com um pé em Hollywood e outro na vida caseira, com a família. Sorte de quem conquistou a escolha do que quer fazer


Gripe. Até o maior ator atualmente do cinema brasileito pega. E não é o vírus hollywoodiano, que o colocou na ficção-científica Elysium, do diretor de Distrito 9,  Neill Blomkamp. É o básico mesmo, que até você pega. Wagner Moura estava assim, nos arredores da rodoviária do Rio de Janeiro, cenário escolhido para conversar e posar para GQ, sob intenso clique de Bob Wolfenson. Wagner Moura, 35 anos, não é muito fã de ser fotografado, mesmo por fãs. “Me sinto um souvenir, como se o cara tivesse feito só pra mostrar para o amigo que me encontrou”, diz rindo. Sua presença causa estranheza. É tão marcante a persona do Capitão Nascimento, que a pessoa real é que parece a ficção – basta ver nosso making of logo abaixo, em que Wagner está rindo, tossindo, casualmente alinhado, ou assisti-lo em atuações como em VIPs (2010) ou Homem do Futuro, comédia atualmente nos cinemas. Tudo muito longe do policial do Bope de expressão amarrada, tensa. “As pessoas ficam decepcionadas quando notam que eu não sou o Capitão Nascimento”, explica ao editor de Matérias de GQ, Rodrigo Salem, autor da reportagem que você lê na edição de setembro. “Há possibilidades de existir um novo Tropa de Elite, mas sem ele. O Capitão Nascimento não tem mais para onde ir em termos de dramaturgia, por mais dinheiro que possa gerar”, finaliza.

Ele quer ficar em casa
Projetos vários circulam e pipocam a sua frente, vários são até negociados informalmente, mas poucos vão sair do âmbito das idéias de seus idealizadores, que sonham ter Wagner como captador de público e dinheiro – sim, agora ele é produtor de filmes, basta emprestar seu nome e a grana aparece. Quem nao quer investir no Capitão Nascimento? Mas sua trajetória está indo (pelo menos no discurso) diametralmente oposta, apesar de Hollywood. “Só quero ficar quieto, em casa, com os amigos e a família. Digo isso na maior pureza do coração e nunca falei isso para ninguém, porque eu não entendia o que era esse sentimento. Agora, eu aprendi com a idade e posso escolher fazer o que eu quero”, conta o pai de Bem, 5 anos, e Salvador, 1. GQ, claro, foi escolhida… e agradecemos, Wagner! Leia mais na edição nas bancas.

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