No ano passado, os moradores foram notificados para desocupar a área no dia 29 de setembro de 2010, sob pena de terem suas casas destruídas. O fato gerou muita polêmica.
Enquanto os moradores faziam uma reunião, um grupo de pessoas ligadas ao prefeito tentou acabar com o encontro, mas foi contido pela polícia. Minutos depois, o próprio prefeito Wagner Fontes (PTB) compareceu à reunião e, sob forte protesto, disse que tudo não passou de um equívoco e que ninguém precisava abandonar suas casas.
Mas há cerca de 15 dias, a família de Divino Ferreira de Oliveira foi surpreendido com mais uma notificação enviada pela Prefeitura. Pelo documento, as famílias têm um prazo de 30 dias para derrubar o muro da casa. “Com 20 anos e comprei esse lote na época em que o prefeito era o senhor Luiz Vargas”, disse ele. “Com 20 anos que moro aqui, a Prefeitura nunca se manifestou, mas agora esse prefeito quer nos expulsar desta forma. Trabalhamos a vida inteira para construir um muro, agora eles vêm com essa medida” disse a moradora Maria Divina.
PROVIDÊNCIAS
Diante da ameça de despejo, um grupo formado por 15 moradores da rua Araguaia foi até a Defensoria Pública em busca de seus direitos. Eles contam que foram recebidos pelo defensor Rogério Felipe Zacarias. Ao ser esclarecido sobreas notificações, o defensor disse que elas não têm força de despejo e nem de demolição e que de imediato já encaminhou ofício à prefeitura pedindo esclarecimentos quanto às notificações e demais tramitações do caso, para que o executivo se manifeste. “O defensor pediu para voltarmos lá no dia 28 para saber o que foi decidido”, disse Divino.
Em: 30/09/2011 | Fonte: diarioonline.com