sábado, 27 de agosto de 2011

Morre, aos 49 anos, o diretor de redação do GLOBO, Rodolfo Fernandes

 
Rodolfo Fernandes, diretor de redação do jornal O Globo / Marizilda Cruppe

RIO - O jornalista Rodolfo Fernandes, diretor de redação do jornal O GLOBO, morreu na tarde deste sábado, na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Rodolfo tinha 49 anos e lutava desde 2009 contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), diagnosticada em julho daquele ano. No estágio final da doença, Rodolfo enfrentava insuficiência respiratória. Mesmo assim, trabalhou incansavelmente até a última quinta-feira na redação do GLOBO. O velório será realizado no domingo, das 10h às 14h, no Memorial do Carmo, no Caju.



Filho do jornalista Hélio Fernandes, Rodolfo começou a carreira aos 16 anos de idade na "Tribuna da Imprensa", onde teve breve passagem. Depois, em Brasília, trabalhou na "Última Hora", no "Jornal de Brasília", na "Folha de S. Paulo" e no "Jornal do Brasil", onde entrou em 1985.
Em 1989, ele se transferiu para a sucursal do GLOBO em Brasília, onde foi coordenador de política e chefe de redação até voltar para o Rio, em 1995. Foi editor de Política até 2001, quando virou diretor de redação.
- Com sua inteligência, seriedade e a busca constante pela notícia completa e bem apurada, Rodolfo Fernandes marcou época no jornalismo brasileiro à frente das mais importantes coberturas da história recente do país. Lamento sua partida tão precoce, mas tenho certeza de que ele deixa seu exemplo às novas gerações de jornalistas brasileiros - comentou Helena Chagas, ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Rodolfo deixa a mulher, a economista Maria Silvia Bastos Marques, e dois filhos, Felipe e Letícia, do primeiro casamento, com Sandra Fernandes.
"Sequer alterava a voz e a maneira de falar com as pessoas. Era uma pessoa muito doce, mas também muito respeitada pelos seus colegas, pelos político"
O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias e dará nome a uma escola do estado em homenagem a Rodolfo.
- Rodolfo foi ascendendo na hierarquia do jornal e mantendo sempre a mesma postura, sua serenidade e tranquilidade, a cada cargo com maior poder e prestígio. Sequer alterava a voz e a maneira de falar com as pessoas. Era uma pessoa muito doce, mas também muito respeitada pelos seus colegas, pelos políticos, enfim, uma pessoa que nos deixa absurdamente jovem - declarou o governador.
No domingo, o Flamengo - time pelo qual o jornalista era apaixonado - entrará em campo de luto no clássico contra o Vasco às 16h, e fará também um minuto de silêncio.
- O Flamengo perde um ilustre torcedor, amante do futebol e, o jornalismo, um profissional que sempre exerceu a profissão com excelência - lamentou Patrícia Amorim, presidente do clube.

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