A equipe do técnico Tite tem o mesmo número de pontos do Flamengo (33), mas uma vitória a mais (dez contra nove) lhe dá a primeira colocação. Já o Peixe, agora com 15 pontos, segue mal na tabela, na 14ª colocação. Mas tem dois jogos a menos em relação à maioria dos times.
Nesta quarta-feira, o Corinthians ainda não pôde contar com o artilheiro Liedson, uma das suas principais estrelas. Mas quem sentiu mesmo foi o Santos, que não contou com os craques Ganso e Neymar, ambos na Seleção Brasileira. Uma pena para os 9.714 santistas que foram à Vila Belmiro (a renda foi de R$ 226.630).
Sonolento, mas com Corinthians melhor
Sim, o Corinthians foi melhor do que o Santos no primeiro tempo. Mas a partida esteve longe de parecer um clássico. Sem muitas emoções e com poucas finalizações, o duelo não empolgou aqueles que estiveram na Vila Belmiro. A partida foi tão morna que o primeiro lance de gol ocorreu apenas aos 22 minutos.
Antes do chute por cima do corintiano Alex, após bom passe de Emerson, o lance mais quente do jogo havia sido um choque do santista Arouca com Fábio Santos. O lateral-esquerdo do Timão levou a pior, deslocou o ombro esquerdo e deixou o gramado mais cedo com fratura na clavícula. Weldinho entrou em seu lugar.
Com mais posse de bola e melhor aproveitamento nos passes, o Corinthians dominou o Santos a maior parte do tempo. Além da chance de Alex, Emerson quase marcou aos 23, depois de tabela com Willian; Chicão tentou converter cruzamento de Danilo, aos 27; e Paulinho arriscou chute, aos 37.
Ao Santos, carente de Ganso e Neymar, restou olhar o Corinthians e correr atrás. A única vez que o Peixe levou perigo real ao gol de Danilo Fernandes foi em chute de Elano, aos 31 minutos. O meia bateu com efeito e o goleiro corintiano caiu do lado direito para fazer a defesa. Apesar da superioridade corintiana, que teve 55% de posse de bola, o zero permaneceu no placar na etapa inicial.
Santos evolui, mas perde força após saída de Elano
Depois de um primeiro tempo apático, o Santos voltou um pouco melhor para o segundo tempo. Ao menos arriscando mais as jogadas de ataque. Aos cinco minutos, após tabela com Borges, Elano chutou de dentro da grande área e obrigou o goleiro Danilo Fernandes a uma grande defesa. O meia, aliás, resolveu jogar.
Nos minutos seguintes, ele comandou os principais lances do Santos. Aos 22, por exemplo, Borges recebeu boa bola de Elano e bateu cruzado, com perigo. E o Corinthians, por outro lado, tentava reencontrar o bom toque de bola que o fez superior na primeira etapa. Mas as melhores chances eram realmente do Peixe.
Elano, o melhor jogador do Santos, porém, pediu para sair aos 28 minutos. O meia sentiu dor no tornozelo esquerdo após fazer falta em Elias Oliveira. Antes, recebeu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Atlético-GO, no sábado. Muricy colocou Adriano.
Com a saída do meia do Peixe, o jogo logo voltou ao ritmo do primeiro tempo: sonolento. À beira do gramado, Tite gritava muito com o time. Já Muricy, sentado no banco, apenas observava. Só que, dentro de campo, os times não reagiam nem aos gritos, muito menos aos olhares.
E o tão esperado clássico, sem cara de clássico e carente das estrelas, terminou sem gols. Mesmo assim foi fundamental para o Corinthians voltar a ser líder.
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