Homens foram detidos durante velório de duas das sete vítimas.
Sete corpos foram encontrados em fazenda entre sábado (28) e domingo (29).
Fazenda onde ocorreu chacina em Doverlândia, no sul de Goiás
Na noite desta segunda, os dois suspeitos detidos em Minas prestavam depoimento na Delegacia de Frutal. Ao G1, por telefone, a delegada Débora disse ter registrado autos de prisão em flagrante contra os suspeitos. Apesar de ter se passado mais de 24 horas após as mortes, ela alega que o crime ainda estava em estado de "perseguição", e, nesse tipo de caso, o flagrante pode ser efetuado.
Além dos dois suspeitos em Frutal, investigadores goianos prenderam um homem em Doverlândia, nesta tarde, segundo a delegada geral da Polícia Civil do estado, Adriana Accorsi. Um quarto envolvido estaria foragido.
De acordo com o delegado de Iporá, município próximo a Doverlândia, Vinícius Batista da Silva, a pessoa detida confirmou participação nas mortes. A polícia descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
Uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil e Militar trabalha na elucidação do caso, mas a delegada prefere não dar detalhes do crime. "Já temos uma noção do que aconteceu, mas é importante não divulgar a motivação para não atrapalhar as demais prisões que estão para acontecer", disse a delegada esta tarde.
Sepultamento
Quatro vítimas foram enterradas nesta segunda-feira (30), na cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano. O grupo tinha ido visitar um amigo em uma fazenda quando foi surpreendido e morto.
Três dessas pessoas eram da mesma família: um homem de 61 anos, que era amigo do dono da fazenda invadida; a mulher dele, de 65 anos; e o filho do casal de 22 anos. O jovem tinha uma noiva, de 24 anos, que também foi assassinada.
Minas Gerais. O do dono da fazenda, Lázaro Oliveira, de 57 anos, o filho dele, Leopoldo Rocha Costa, de 28, foram enterrados em Frutal. O vaqueiro Heli Francisco da Silva, de 34 anos, em Campina Verde.
Crime
Sete pessoas foram degoladas na noite de sábado (28) em uma fazenda a 43 km do município de Doverlândia.
Primeiros a serem mortos, de acordo com a polícia, o fazendeiro e o filho, foram encontrados mortos na sede da propriedade na noite do crime. Os corpos das outras cinco vítimas estavam em uma estrada vicinal, perto da fazenda, e só foram avistados na manhã de domingo (29).
O delegado do município de Iporá, Vinícius Batista da Silva, que atendeu o caso das sete mortes no plantão deste fim de semana, disse que os criminosos agiram com muita crueldade, degolando as sete vítimas. Durante as diligências, os investigadores encontraram vestígios dos criminosos.
Testemunha
De acordo com o sargento da Polícia Militar (PM) Divino Celso Teles, um adolescente de 14 anos estava no pasto da fazenda no momento do crime e chegou a ouvir gritos. O adolescente, que é filho do vaqueiro assassinado, teria procurado o cunhado do fazendeiro em outro ponto da propriedade para pedir ajuda.
Segundo a polícia, o fazendeiro e seu filho teriam sido degolados dentro da casa e arrastados pelos criminosos até o banheiro da residência. Com base no relato do adolescente, a polícia informou que ainda na noite de sábado quatro pessoas chegaram à propriedade para visitar o fazendeiro.
O vaqueiro teria acompanhado o grupo em direção à casa, mas todos teriam sido atacados nos arredores da residência. Os gritos das vítimas chamaram a atenção do adolescente no pasto. Ainda de acordo com Teles, os corpos das outras cinco vítimas foram encontrados em uma estrada vicinal, perto da fazenda, na manhã de domingo (29).
Conforme informações iniciais da polícia, o proprietário do imóvel e o filho foram os primeiros a serem assassinados. Os outros teriam sido executados como uma forma de eliminar testemunhas.
Conforme informações iniciais da polícia, o proprietário do imóvel e o filho foram os primeiros a serem assassinados. Os outros teriam sido executados como uma forma de eliminar testemunhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário