sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Racha com a Traffic pode até tirar Ronaldinho do Flamengo, diz jornal

Parceira do clube estaria insatisfeita com acordos comerciais feitos pelo Rubro-Negro

 Com salário atrasado em dois meses, Ronaldinho Gaúcho pode até deixar o Flamengo ao fim da temporada, noticia nesta sexta-feira o jornal ‘Lance!’. O motivo da possível saída seria a insatisfação da Traffic, parceira do clube, com a falta de rendimentos comerciais por meio da imagem do jogador.


Um dos episódios que teria irritado a Traffic, por exemplo, foi a forma como o acordo do patrocínio principal da camisa rubro-negra foi firmado. O Flamengo assinou com a Procter e Gamble sob intermédio da 9nine, empresa de marketing de Ronaldo Fenômeno, e a Traffic não lucrou.


Maurício de Souza, Ziraldo e Luxemburgo no evento do Flamengo com a Unicef (Foto: Richard Souza / GLOBOESPORTE.COM) 
Ronaldinho só apareceu em sua versão infantil


A empresa também não estaria feliz com o fato de Ronaldinho estar sendo pouco usado pelo clube em ações de marketing. Até a venda do atleta já teria sido cogitada para que o valor investido no meia fosse recuperado, hipótese descartada pelo Fla - já seriam R$ 10 de prejuízo à empresa. A Traffic teria sugerido romper o acordo, ameaça ignorada pelo time carioca.

Em entrevista à Rádio Estadão ESPN, nessa quinta-feira, o vice-diretor jurídico do clube, Rafael de Piro, disse esperar que a Traffic pague o que deve a Ronaldinho na próxima semana. O motivo do atraso seria a mudança de detalhes no contrato do jogador. De Piro garante que o Flamengo está em dia com suas obrigações junto ao meia.

Flamengo e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) oficializaram, na manhã desta sexta-feira, na sede do clube, na Gávea, uma parceria sem fins lucrativos. O Rubro-Negro vai estampar em sua camisa a logomarca da instituição, visando a construir um projeto social de âmbito nacional e internacional de longo prazo.
Ronaldinho era aguardado, mas não compareceu. A única lembrança do jogador foi a entrada de um boneco do desenho de R10 criado por Mauricio de Sousa para quadrinhos. O craque será julgado nesta sexta-feira, no STJD, pela expulsão na partida contra o Ceará e pode ficar fora da reta final do Campeonato Brasileiro.
Segundo pessoas próximas, Ronaldinho só foi avisado do evento na véspera, quando o convite oficial da festa já previa sua presença. Não é a primeira vez que o Flamengo sente a falta de sua principal estrela em eventos oficiais. Os dois lançamentos de uniforme neste ano aconteceram sem o camisa 10. Assim como a apresentação da maquete das obras no Ninho do Urubu.
- Ronaldinho foi chamado, mas não tinha compromisso formal de vir. Seria bom. Os outros atletas (olímpicos) estão de férias. Ontem ele disse que ia tentar, mas que tinha um compromisso na escola do filho. A gente entende. O Cielo veio de São Paulo, está de férias, mas gostaríamos que o Ronaldinho viesse. Assim como Flamengo é Flamengo, Ronaldinho é Ronaldinho - lamentou Patricia Amorim.
Os atletas citados pela presidente, além de César Cielo, foram a ginasta Jade Barbosa, os irmãos Diego e Daniele Hypolito, e a remadora Fabiane Beltrame, entre outros menos famosos. Também estiveram presentes o técnico Vanderlei Luxemburgo, os escritores Mauricio de Sousa e Ziraldo, além do diretor executivo mundial do Unicef, Antony Lake, e da representante do Unicef do Brasil, Marie Pierre Poirer. Do futebol, além de Luxemburgo, as jovens promessas Adryan e Thomás também participaram da festa.
Patricia Amorim no evento do Flamengo com a Unicef (Foto: André Portugal / Vipcomm)Patricia e Antony Lake trocaram camisas com seus respectivos nomes

- Passaremos a adotar práticas sociais responsáveis que promovam o direito das crianças e dos adolescentes. Seremos parceiros em todas as ações no Brasil, na América Latina e em todas as partes do mundo onde se fizer necessário. Desejo que outros clubes assumam esse mesmo compromisso - disse Patricia Amorim, que garantiu a marca na camisa até o fim de seu mandato, em dezembro de 2012.
Diretor executivo mundial do Unicef, Antony Lake celebrou a parceria, elogiou a presidente Patricia Amorim pela incitativa e exaltou a grandeza do Flamengo e a importância da união das duas marcas. Ele entregou uma camisa 10 do Unicef com o nome da presidente do Flamengo nas costas e fez um outro agrado: em português, disse que é torcedor rubro-negro. Em troca, recebeu uma camisa do clube com seu nome.
- Eu sou Flamengo. Quero agradecer a Patricia Amorim por essa iniciativa visionária. Estou emocionado por estar na presença de tantos campeões, que serão novamente campeões nas Olimpíadas de 2016. Estou muito satisfeito de estar aqui para lançar a parceria entre Flamengo e Unicef. É uma parceria que envolve o poder, a energia e a alegria de um dos melhores clubes do mundo em prol das crianças. Juntos, o Flamengo e o Unicef não apenas promoverão os direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil, mas em todos os lugares do mundo. Este é o melhor momento de fazermos isso. Os olhos do mundo estão sobre o Brasil, que se prepara para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Já no domingo, na partida contra o Cruzeiro, às 17h, no Engenhão, o Flamengo entrará em campo vestindo camisas com frases alusivas ao ECA (estatuto da criança e do adolescente). Cada jogador terá uma mensagem especial no uniforme. Os números terão traços infantis, desenhados por crianças selecionadas pelo Unicef. No momento da entrada em campo, todos estarão acompanhados de uma criança.
A parceria é baseada na adesão do Flamengo ao compromisso “Meu time é nota 10”, um conjunto de dez princípios relacionados à proteção e à promoção de direitos de crianças e adolescentes – atletas e não atletas – dentro e fora do clube.
A ideia do Flamengo, que não receberá dinheiro para estampar a logomarca da instituição, é construir um projeto social de âmbito nacional e internacional de longo prazo. Atualmente, Barcelona e Boca Júniors também levam a logomarca da instituição em suas camisas.

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